O governo do Zimbabué está atualmente a desenvolver regulamentos para a indústria de criptomoedas do país e procura a contribuição de prestadores de serviços de criptomoedas, tanto no Zimbabué como internacionalmente.
De acordo com um relatório publicado no The Zimbabwe Mail, o governo criou um comité para recolher informações de empresas criptográficas que oferecem serviços no Zimbabué. Ele estabeleceu o prazo de 26 de junho para comentários.
Zimbábue pretende regular a criptografia
Nick Mangwana, Secretário Permanente de Informação e Publicidade, afirmou que a iniciativa visa obter uma compreensão abrangente do ecossistema de ativos virtuais do Zimbabué.
Mangwana disse que seu objetivo é avaliar os perigos das criptomoedas serem “utilizadas indevidamente para lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e outras atividades ilícitas”.
“Dado o anonimato e a descentralização que caracterizam estes ativos digitais, é crucial identificar e mitigar quaisquer riscos associados”, acrescentou Mangwana.
Zimbábue tenta mitigar problemas financeiros usando criptografia
A nação da África Austral está a esforçar-se para acompanhar a tendência crescente de adopção de criptomoedas, especialmente em países que enfrentam desafios financeiros.
O Zimbabué introduziu uma moeda digital emitida pelo banco central apoiada em ouro chamada Ouro do Zimbabué (ZiG) em maio do ano passado, apesar dos avisos do Fundo Monetário Internacional.
A moeda digital lastreada em ouro provou ser um sucesso e o governo anunciou em outubro que agora poderia ser usada como método de pagamento.
Durante mais de 10 anos, o Zimbabué tem lutado contra a inflação e a flutuação cambial. Após um período de hiperinflação, o país mudou para o dólar americano como moeda oficial em 2009.
O governo reintroduziu o dólar do Zimbabué em 2019 para impulsionar a economia em declínio. No entanto, foi seguido por outro ciclo de alta volatilidade. A administração optou por voltar a utilizar o dólar americano no ano passado, num esforço para controlar a inflação.
Créditos: Cointelegraph e Canva.