O Banco Central da Argentina anunciou recentemente que instituições financeiras regulamentadas no país estão proibidas de oferecer serviços relacionados a criptomoedas, como o Bitcoin. Essa decisão vem em meio a uma crescente preocupação global com a volatilidade e o potencial uso ilícito desses ativos digitais.
Los proveedores de servicios de pago no podrán realizar operaciones con criptoactivos ni facilitarlas desde sus aplicaciones o plataformas web.
Las personas interesadas deberán realizar las operaciones por su cuenta.
🔽https://t.co/IKivQUQiMG— BCRA (@BancoCentral_AR) May 4, 2023
De acordo com a instituição financeira, a proibição se estende a todas as entidades financeiras reguladas, incluindo bancos, corretoras, financeiras e emissoras de cartão de crédito. A medida visa evitar a utilização de criptomoedas para fins ilícitos, como lavagem de dinheiro e financiamento de atividades criminosas.
Embora a proibição afete diretamente as instituições financeiras regulamentadas, o público em geral ainda poderá comprar e vender criptomoedas através de plataformas online que não estão sujeitas à regulamentação do Banco Central da Argentina. No entanto, a medida pode desencorajar a adoção do Bitcoin e outras criptomoedas no país, afetando a expansão do mercado de criptomoedas na Argentina.
O Bitcoin, a criptomoeda mais conhecida do mundo, tem sido objeto de debate em todo o mundo, com governos e autoridades financeiras tentando lidar com sua volatilidade e potencial uso ilícito. Países como a China, Índia e Turquia já adotaram medidas restritivas em relação às criptomoedas, enquanto outros, como El Salvador, adotaram uma postura mais favorável e passaram a aceitar o Bitcoin como meio de pagamento legal.
A proibição imposta pelo Banco Central da Argentina também segue a tendência de alguns países latino-americanos, como Brasil e México, que também têm adotado uma posição cautelosa em relação às criptomoedas. No entanto, muitos defensores do Bitcoin argumentam que a criptomoeda tem o potencial de democratizar o sistema financeiro e permitir que pessoas sem acesso a serviços bancários tradicionais possam participar da economia global.
Embora a decisão do Banco Central da Argentina possa ser vista como uma tentativa de proteger a integridade do sistema financeiro do país, também pode limitar a inovação financeira e restringir o acesso de pessoas e empresas a novas tecnologias. Cabe agora às autoridades argentinas monitorar de perto o mercado de criptomoedas e encontrar um equilíbrio entre a inovação e a segurança financeira.
Os mercados peer-to-peer e as pessoas interessadas permanecem inalterados pela proibição, especificou o banco central.
Per the Central Bank's own statement, users can still buy digital assets by their own means. Could this be a new dawn for true P2P #Bitcoin trading in Argentina?
Source: @BancoCentral_ARhttps://t.co/7no1bcfdro
— JAN3 (@JAN3com) May 5, 2023
Créditos: NobsBitcoin e Canva.