Crypto, Economia

Banco Central da Argentina proíbe instituições financeiras de oferecer criptomoedas

A autoridade monetária proibiu as operações que permitem que os clientes do banco comprem criptomoedas, apenas alguns dias depois que duas grandes instituições anunciaram que permitiriam que os clientes comprassem Bitcoin e outras moedas digitais.

O Banco Central da Argentina anunciou recentemente que instituições financeiras regulamentadas no país estão proibidas de oferecer serviços relacionados a criptomoedas, como o Bitcoin. Essa decisão vem em meio a uma crescente preocupação global com a volatilidade e o potencial uso ilícito desses ativos digitais.

De acordo com a instituição financeira, a proibição se estende a todas as entidades financeiras reguladas, incluindo bancos, corretoras, financeiras e emissoras de cartão de crédito. A medida visa evitar a utilização de criptomoedas para fins ilícitos, como lavagem de dinheiro e financiamento de atividades criminosas.

Embora a proibição afete diretamente as instituições financeiras regulamentadas, o público em geral ainda poderá comprar e vender criptomoedas através de plataformas online que não estão sujeitas à regulamentação do Banco Central da Argentina. No entanto, a medida pode desencorajar a adoção do Bitcoin e outras criptomoedas no país, afetando a expansão do mercado de criptomoedas na Argentina.

O Bitcoin, a criptomoeda mais conhecida do mundo, tem sido objeto de debate em todo o mundo, com governos e autoridades financeiras tentando lidar com sua volatilidade e potencial uso ilícito. Países como a China, Índia e Turquia já adotaram medidas restritivas em relação às criptomoedas, enquanto outros, como El Salvador, adotaram uma postura mais favorável e passaram a aceitar o Bitcoin como meio de pagamento legal.

A proibição imposta pelo Banco Central da Argentina também segue a tendência de alguns países latino-americanos, como Brasil e México, que também têm adotado uma posição cautelosa em relação às criptomoedas. No entanto, muitos defensores do Bitcoin argumentam que a criptomoeda tem o potencial de democratizar o sistema financeiro e permitir que pessoas sem acesso a serviços bancários tradicionais possam participar da economia global.

Embora a decisão do Banco Central da Argentina possa ser vista como uma tentativa de proteger a integridade do sistema financeiro do país, também pode limitar a inovação financeira e restringir o acesso de pessoas e empresas a novas tecnologias. Cabe agora às autoridades argentinas monitorar de perto o mercado de criptomoedas e encontrar um equilíbrio entre a inovação e a segurança financeira.

Os mercados peer-to-peer e as pessoas interessadas permanecem inalterados pela proibição, especificou o banco central.

Créditos: NobsBitcoin e Canva.

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Trabalha com Marketing Digital desde 2005 e entusiasta do mercado cripto desde 2017. Sempre buscando novas maneiras de se conectar neste mundo mais digital.