Economia

Banco da Coreia recebe o direito de investigar empresas locais de crypto

O banco central sul-coreano poderá acessar dados de transações criptográficas de bolsas que operam no país.

O banco central da Coreia do Sul recebeu luz verde para intensificar seu escrutínio de operadores e emissores de serviços de criptomoeda em meio a novas discussões sobre a legislação de ativos virtuais no país. Em 20 de abril, a mídia local The Korea Herald informou que o Banco da Coreia (BoK) terá o direito de investigar operadores de negócios relacionados a criptomoedas.

O banco central sul-coreano tem competido com o regulador financeiro do país, a Comissão de Serviços Financeiros (FSC), pela jurisdição criptográfica. No entanto, o FSC terá a palavra final na regulamentação do setor de ativos digitais. O Banco da Coreia expressou preocupação com os riscos de estabilidade financeira das stablecoins e agora poderá solicitar dados de transações de exchanges de criptomoedas.

O direito do BoK de solicitar dados de operadores de moeda digital foi confirmado por um funcionário do Comitê de Assuntos Políticos da Assembleia Nacional na semana passada. O FSC expressará sua posição oficial em uma reunião do subcomitê em 25 de abril. A reunião acelerará a implementação das leis de ativos virtuais da Coreia do Sul, de acordo com o relatório.

O legislador do Partido Democrata Kim Han-gyu, que propôs os regulamentos criptográficos do país, a Lei dos Criptoativos, disse:

“A Comissão de Serviços Financeiros admite que é necessário que o Banco da Coreia tenha o direito de solicitar dados, mas se recusa a incluir na conta.”

O governo sul-coreano tem tentado promover a legislação criptográfica, mas houve discussões entre o banco central e o FSC sobre quem deveria controlá-la.

No entanto, o FSC alertou que, se o banco central governar as criptomoedas, enviará a mensagem de que os ativos digitais têm a mesma posição que as finanças tradicionais. O presidente do FSC disse anteriormente que não considera a criptomoeda um ativo financeiro.

As duas instituições estão em desacordo nos últimos três anos sobre os regulamentos de criptografia. O FSC foi acusado por funcionários do Comitê de Assuntos Políticos, uma divisão da Comissão de Assuntos de Estado do país, de tentar monopolizar sua posição como regulador de cripto.

O desenvolvimento mais recente significa que tanto o banco central sul-coreano quanto seu regulador financeiro poderão investigar os operadores de criptografia e ter acesso total aos dados da transação.

O FSC tem atuado recentemente com ações de fiscalização contra empresas criptográficas e assume a mesma posição que a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos no que diz respeito aos ativos criptográficos. O Serviço de Supervisão Financeira da Coreia do Sul, que opera sob o FSC, anunciou um órgão investigativo chamado Comitê de Ativos Digitais em meados de 2022.

Créditos: Cointelegraph e Canva.

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Trabalha com Marketing Digital desde 2005 e entusiasta do mercado cripto desde 2017. Sempre buscando novas maneiras de se conectar neste mundo mais digital.