O mercado de semicondutores concentra a mais alta tecnologia essencial para toda a indústria atualmente. Não é tão surpreendente quando falamos que a maior potência nesse setor é a China, muito menos se contarmos que o maior rival são os Estados Unidos.
No entanto, não é fácil para os países ocidentais ganhar força nesse meio, porque algumas das empresas mais importantes do setor são asiáticas. Dessa forma, Japão e Coreia do Sul, dois países asiáticos mais ocidentalizados cultural e comercialmente, se uniram aos Estados Unidos para combater a hegemonia chinesa!
O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, irá se reunir com o governo japonês com o objetivo de consolidar as relações comerciais entre as duas potências e garantir o acesso prioritário às matérias-primas, componentes e equipamentos litográficos os quais os fabricantes de chips do sul-coreanos precisam. Atualmente, a Coreia do Sul é economicamente dependente da China, 1/5 de todas as exportações do país são semicondutores e 60% deles são comprados pela China.
A Coreia do Sul abriga a Samsumg, empresa que compete com a Intel pela posição de segunda maior fabricante de chips, atrás da TSMC. Segundo Park Ki-Soon, um famoso economista sul-coreano, o objetivo do país nessa situação seria conseguir isolar a China da cadeia global de semicondutores, Dessa forma, o campo para o desenvolvimento da Samsung ficaria livre e o mercado mundial de semicondutores ficaria estabilizado.
Outro país forte nessa disputa é a Holanda. No mês de março, o governo aprovou novas sanções destinadas a boicotar as empresas chinesas, de maneira a impedir que elas comprem equipamentos de litografia ultravioleta profunda (UVP), a segunda máquina mais sofisticada da ASML. Vale lembrar que a ASML é uma das líderes mundiais na fabricação de máquinas de fotolitografia para a indústria de semicondutores.
Além da Holanda, o Japão e a Alemanha também são capazes de bloquear o mercado chinês. A Tokyo Electron e outras empresas japonesas vendem máquinas de litografia para a China e a Alemanha vende a ótica ZEISS, necessária para os equipamentos litográficos mais sofisticados, para a ASML. O cerco já está formado. Hoje, Coreia do Sul, Japão e Taiwan estão todos do lado dos Estados Unidos na Guerra dos microchips. Cabe a China, agora, decidir como irá se esquivar dessa investida.
Créditos: IGN e Canva.